Apneia obstrutiva do sono e tratamento cirúrgico minimamente invasivo: o que você precisa saber
A apneia obstrutiva do sono, ou ronco, afeta cerca de 50 milhões de brasileiros, mas apenas 10% recebem o diagnóstico correto. Essa condição não só prejudica a qualidade do sono, como também aumenta o risco de depressão, problemas cardíacos, doenças respiratórias, infarto e acidente vascular cerebral (AVC). É um problema sério de saúde que exige atenção, principalmente porque muitos não sabem que têm apneia do sono.
Identificar se você tem apneia ou está em risco de desenvolvê-la é crucial para sua saúde. Tratamentos conservadores, como uso de aparelhos, redução de peso e terapias comportamentais, são comuns, mas a cirurgia ortognática muitas vezes oferece uma solução definitiva com alto índice de cura. Este texto aborda o que é a apneia obstrutiva do sono, como é diagnosticada, tratamentos conservadores e a cirurgia ortognática como alternativa eficaz.
O que é Apneia Obstrutiva do Sono?
A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é caracterizada por pausas na respiração durante o sono devido a um bloqueio parcial ou completo das vias aéreas superiores. Essas pausas, que duram de segundos a minutos e ocorrem repetidamente, impedem o fluxo normal de ar, resultando em sintomas como ronco alto, sonolência diurna e dificuldades para dormir, podendo levar a problemas de saúde mais graves a longo prazo.
Sintomas da SAOS
- Ronco alto e frequente
- Pausas respiratórias durante o sono
- Sonolência diurna excessiva
- Dificuldade de concentração
- Irritabilidade
- Dor de cabeça matinal
- Boca seca ou dor de garganta ao acordar
- Dificuldade para dormir
- Bruxismo e desordens da ATM
A SAOS está associada a um maior risco de hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. A gravidade dos sintomas pode variar de acordo com o indivíduo.
Diagnóstico da Apneia Obstrutiva do Sono
O diagnóstico da SAOS é feito através de uma avaliação clínica detalhada, que inclui a história médica e um exame físico completo. O profissional de saúde investigará sintomas como ronco, sonolência diurna e pausas respiratórias, além de discutir hábitos de sono e fatores de risco, como obesidade e tabagismo.
Para confirmar o diagnóstico, são realizados exames específicos como:
- Polissonografia (PSG): Considerada o padrão-ouro, monitora variáveis fisiológicas durante o sono, como atividade cerebral, movimentos dos olhos, respiração e oxigenação sanguínea.
- Monitoramento portátil do sono (MPS): Alternativa menos invasiva à PSG, realizado em casa ou ambiente hospitalar, registrando qualidade do sono e presença de apneias e hipopnéias.
Tratamentos Conservadores
- Uso de aparelhos: O CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas) mantém as vias aéreas desobstruídas, mas nem todos se adaptam a ele.
- Terapia com placas oclusais (aparelho do ronco): Dispositivos intraorais que avançam a mandíbula, mantendo as vias aéreas abertas. Eficaz em casos leves a moderados e para quem não se adapta ao CPAP.
- Redução de peso: A perda de peso melhora os sintomas e reduz a gravidade da condição, sendo recomendadas mudanças no estilo de vida.
- Terapias comportamentais: Mudanças na posição para dormir, evitar álcool e sedativos antes de dormir, e manter uma rotina regular de sono podem ajudar.
Tratamento Cirúrgico
Em casos graves, onde os tratamentos conservadores não são eficazes, a cirurgia ortognática pode ser a melhor opção. Esta cirurgia reposiciona os ossos da mandíbula e do maxilar, desobstruindo as vias aéreas. É essencial avaliar a estrutura óssea e o padrão respiratório do paciente, verificando se a respiração ocorre predominantemente pela boca ou pelo nariz.
A cirurgia ortognática minimamente invasiva oferece uma solução definitiva para a apnéia, com recuperação mais rápida e significativa melhora na qualidade do sono e na saúde geral.
Consulte um cirurgião-dentista para avaliar sua condição dentária e facial, que pode estar influenciando sua apneia do sono ou ronco. Esta consulta pode transformar sua vida para melhor!